Direito ao contraditório ou o contraditório do direito?

O coração tem razões que a própria razão desconhece!

Assim concebo este momento político, ideológico e de estratégia de Guerra que o Brasil se encontra. O pior é que neste front de batalha, perdem-se ideologias, proposições e o próprio espírito democrático.

 Afinal, os que clamam por justiça;

São injustos.

Os que bradam moralidade;

São imorais ao quadrado!

E assim, de delação em delação, de seleção em seleção, constroem-se revoltas seletivas, morais relativas e comportamentos passionalizados, democraticamente paralisados!

Qual a lógica?

Justiça ou justiçamento?

Extinguir a corrupção ou clamar por uma nova-velha  forma de corromper-se?

É razoável recorrer ao linchamento público?

Exigir moralidade em um tempo de barbárie?

Ora vejam vocês!

Quem berra são Agripinos, Renans, Fernandos, Álvaros, Cunhas e Aécios!

Representantes típicos de condutas espúrias, amorais, perdulárias e ofensivas ao erário público!

Querem condenar um ato de quem precisava contra-atacar!

Posso até reconhecer que Luiz recuou em sua moralidade! Traiu nossas convicções e até mesmo pode estar fazendo um “mea culpa”, isso, só o tempo dirá!

Porém, não posso condenar um ato de quem precisa de defesa, de isonomia e da presunção da inocência! Afinal, para isso existe o Estado.

E assim, no ápice dessas contradições, aberrações, desrespeito e intolerância, Sorte ao Ministro!

Que se travem as lutas de igual para igual!

Que se reconstruam as Instituições!

Que se estabeleçam isonomias...

Caso contrário, só haverá no fim, em nossa carcomida democracia, mais e mais contradições que o próprio contraditório desconhece!