quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

QUANTO VALE UM MÉDICO?


No país em que vivemos, onde o que impera é a falta de bom senso e de parâmetros para muitas variáveis, essa questão é muito difícil de responder, aliás, não tenho a menor pretensão de respondê-la.
Na verdade o que motivou-me a escrever esse texto foi um outro, aparentemente,  sem nenhuma relação com esse imbróglio que assistimos nos últimos dias sobre a falta de médicos e a verdadeira mendicância que pequenos municípios fazem para completar seus quadros em hospitais e postos.

Vejamos:

A matéria a que me refiro dizia respeito ao despreparo das categorias de base de clubes de futebol, em preparar seus atletas amadores no que diz respeito a relação com a fama e os altos salários.
Dizia o artigo: "estão criando verdadeiros “monstros egocêntricos” que acabam cometendo insanidades futuras, pois se acham acima do bem e do mal! (vide casos como do Goleiro Bruno, de Adriano, entre outros)
Dessa forma, o jogador mal estréia no profissional, já aparece com o cabelo descolorido, com corte moicano, brinco de pérolas, carro importado, ou seja, um estereótipo do boleiro, do "craque", do jogador midiático, como tantos badalados (Cristiano Ronaldo, Neymar, entre outros exemplos).
No entanto, esse tipo de jogador, tem carreira curta, como se diz lá na Messejana, só tem arranque! é como peido alto! Assusta, mas não tem maiores consequências! Retratam a mediocridade e a futilidade que se transformou o comércio da bola. Pensam que são Pelés, Maradonas ou Zicos, quando na verdade não passam de verdadeiros Coalhadas, afinal, não cumpriram sequer uma sequência de dez jogos ou mesmo conquistaram um título expressivo. 
Não posso deixar de fazer um paralelo desse texto com essa realidade que nos assola:
Médicos recém-formados se negando a trabalhar por R$ 35.000,00 em Açailândia/MA, fazendo o Prefeito de Corrente/PI recorrer ao Facebook para garantir contratação com honorários superiores a R$ 8.500,00.
Na minha humilde massa cinzenta vejo a mesma lógica: as formações médicas estão formando cidadãos comprometidos com as causas sociais? Há decoro e vocação ou o que se pretende é exclusivamente ganhar dinheiro? Abnegados ou exploradores das mazelas humanas? Que profissionais estão saindo das escolas médicas?
Culpar exclusivamente a falta de estrutura dos interiores é um acinte! afinal, os mesmos se recusam inclusive a clinicar nas capitais quando o cliente é oriundo de planos de saúde ou afins! Ou quem já não teve dificuldade de marcar uma consulta pelo plano de saúde e foi informado que se a mesma fosse particular teria prioridade e agenda disponível?
Afinal, o que pensam esses médicos? Onde está o cumprimento da Lei imposta pela ANS? 
Há décadas atrás, para um médico desprezar os planos de saúde e dedicar-se aos clientes particulares era necessário adquirir know how, décadas de trabalho, anos a fio nas emergências e coisas do tipo.
Em outras profissões percebe-se isso claramente: um professor para chegar ao salário de R$ 8.000,00 iniciais precisa no mínimo ser Doutor! Um engenheiro, advogado, contador, pscólogo e tantos outros que adentram ao serviço público tem garantidos cerca do piso e uma carreira a perder de vista!
O que querem alguns médicos então? Megalomaníacos que sequer saíram dos cueiros!
Sinceramente, não sei quanto vale um médico, um advogado, um professor!
Mas tenho certeza, que assim como jovens promessas do futebol que pensam ser Pelés, há muito médico, inclusive procedência duvidosa, pensando que são Jatenes, Varellas, Pytanguis e outros afamados!
Além do que, é um abuso refugar salários dessa magnitude em um país que tem a renda per capita que temos.
Um abuso ao bom senso, uma promiscuidade sem tamanho: Um absurdo!







segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Enquanto isso em Sobral: Poeira, Poeeira, Poeeeira... Levantou Poeira!



Infeliz coincidência! Quisera a história continuar dando vazão ao tão falado cachê de Ivete Sangalo para “inaugurar” o Hospital da grandiosa United States Sobral. Não é que a trilha sonora foi compatível!
Porém, ironias a parte, uma pena que logo sob a batuta de um Governador Engenheiro aconteça esse episódio, afinal, mancha não só o perfeccionismo extremo de um diletante imperador, mas também a reputação das obras públicas, do dinheiro se esvaindo nos ralos das gestões “empreendedoras”, coincidências a parte, deflagra o mau uso de nosso erário, que paga as contas de uma elite pujante que brinda obras como se comemorasse um gol, enquanto o povo assiste na geral, os camarotes e as pompas de Tenores inaugurando isso, Axé Music inaugurando aquilo, e secretários de turismo justificando a ausência de acessibilidade nas obras públicas pelo fato de serem feitas para eventos empresariais.
Fico pensando: quem fará as obras do Aquário? A mesma licitação? Se for, tenhamos cuidado! Afinal, se vier a ruína, veremos um derramamento de tubarões e piranhas, uma debandada de carás-tilápia e peixes-beta que faltará molinete e azeite para colocá-los na caçarola!
Enquanto isso o povo assiste tudo passivo e em parcimônia... Esperando a Copa das Confederações! (Pergunta: foi a Ivete que inaugurou o Castelão?)

Vejamos a opinião da Jornalista Rachel Sheherazade:

http://www.youtube.com/watch?v=Rgij5C6g79o&list=UUVRcRiMT-iG_Qi0ubaC5h-Q&index=1

 


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Aos alunos de Metodologia de Pesquisa: TREINAMENTO PORTAL CAPES

Olá Pessoal,

A UFPI está realizando um treinamento junto ao Portal da Capes nos dias 26 e 27 de Março, o mesmo é extensivo a toda comunidade acadêmica. Como nossa disciplina contempla a pesquisa, nada melhor que participarmos em massa dessa atividade. A mesma ocorrerá no auditório do CCHL, nossa aula desta semana será lá, ou seja, vocês devem participar do evento, para tanto é necessário fazer INSCRIÇÃO.
Saiba como no link abaixo:

http://www.ufpi.br/noticia.php?id=22711


Façam a inscrição e até lá.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O BRASIL PRECISA DE MÉDICOS, RICOS É LÓGICO!



Um colega me enviou um e-mail essa semana, como diria Raulzito, meu amigo Pedro, queixando-se da falta de reconhecimento de sua profissão de saúde, a qual só era lembrada em momentos de lampejos e de crises, desta feita, referindo-se a convocação feita pelo Ministério da Saúde durante o lamentável episódio de Santa Maria.
Sensacionalismos a parte, o fato é que todos os profissionais de saúde tem uma importância fundamental, não apenas em uma situação como esta, mas para qualquer evento de saúde, desde a atenção básica, até intervenções de tragédia como a que assitimos nos últimos dias.
Porém, uma pergunta deve ser feita: por que algumas profissões de saúde não tem o reconhecimento devido? Qual a razão da diferença de status, remuneração e mercado?
A resposta pode ter uma origem social, afinal, a Medicina é uma profissão de origem elitista, aristocrática, portanto, reprodutora de um status quo que perdura, sobretudo na mentalidade tacanha de um subdesenvolvimento mental e intelectual inerente aos estados mentais colonizados.
Afinal, será que teríamos tantos alunos “vocacionados” a serem médicos e prestarem vestibular para essa importantíssima profissão, se o seu piso salarial fosse o mesmo que não é pago, apesar de tramitado no STF, para os professores?
Pensando nisso, e na bancarrota que muitas profissões de saúde chegaram devido a abertura desenfreada de faculdades, que a Medicina está se organizando. Seu Conselho, munido das estatísticas demográficas e pensando óbvio no status e no achatamento salarial que pode estar por vir, quer frear espólio mercantilista da abertura novos cursos nos grandes centros urbanos, evitando assim, uma superpopulação de “doutores” nas grandes cidades, muitos de procedência duvidosa.
 Ora, mas na verdade, nosso país precisa sim de “doutores”, porém é preciso que os profissionais de saúde ocupem as regiões longínquas desse país, que desenvolvam os interiores dos Estados e que pensem em um plano de carreira menos venal e mais interessante para o equilíbrio social.
Afinal, o que assistimos, sobretudo em relação aos “doutores médicos” é um verdadeiro leilão e a farra dos altos salários, sobretudo nos programas de PSF e NASF, afinal, me parece que os recém-formados estão cada vez mais ávidos por dinheiro, sobretudo quando precisam “tirar o investimento inicial” da formação privada e ficam justificando através da falta de estrutura das pequenas cidades do interior. Vejamos por exemplo a diferença de relação demográfica médico/habitante se compararmos os Estados do Norte e Nordeste com as capitais do Sudeste!
Além do mais, observando as especializações buscadas na modernidade, observa-se que faltarão pediatras e obstetras em detrimento à cirurgiões plásticos e dermatologistas.
O preço da modernidade, do hedonismo e lógico: do capital.
Uma pergunta: a quantas anda o PROVAB?