sábado, 29 de março de 2014

Vamos Intelect@r? Educando Com(ns)Ciências - verbo, árvore e mente!




Não gosto da alcunha, do adjetivo, da qualificação “intelectual”, no país que habitamos, de paradoxos abissais em relação às oportunidades, soa-me sempre como perjôro-adjetivo! Afinal, para o resto da humanidade que não é contemplada por tal pseudo-adjetivação é como se o “intelectual” fosse uma figura decorativa, alegórica e estática! Fadada ao exclusivo exercício do pensar!
Tomando como cabide para minha fala, cito o grande Poeta Arnaldo Antunes o qual, juntamente com Paulo Miklos, conseguem, apesar de não ter sido o propósito de seu texto, ancorar minha fala:

“O meu exercicio predileto é pensar
Passo muitas horas do dia pensando, só pensando
Às vezes levo o meu corpo para passear
Enquanto ele faz cooper eu fico esperando...”

Ora, mas a figura da intelectualidade não pode nem deve ser refém do corpo, pois assim, seria refém da ação, ou  melhor contribuiria para a omissão, desta feita, prefiro ao invés do adjetivo intelectual, o substantivo intelectação, uma variação do verbo intelectar, pois assim, seria então um intelectuador aquele que se dispusesse, a partir do pensamento gerar uma ação reformuladora, transformadora, educativa!

Eis que ontem nasceu o verbo, espero que, assim como uma erva daninha, prolifere-se, para usar um termo da moda: viralize! Abram alas para o Educando Com(ns)Ciências! A subversão do adjetivo e a incorporação do verbo. Que possa promover intelectação e contribua socialmente na promoção da cidadania!

quinta-feira, 27 de março de 2014

Conservadorismo, hipocrisia, retrocesso cultural: Em pleno século XXI ainda se mata e se esfola em nome de Deus!

O Brasil vive paradoxos existenciais, grupos em pleno exercício de poder e manipulação apregoam, a toda sorte de infelizes, um modus operandi comportamental que se não fosse nocivo e pernicioso seria no mínimo hilário e digno de boas gargalhadas.
A ciência já demonstra que uma das mazelas ainda atreladas ao "habitus" feminino é o câncer de colo uterino, dados de estudos sérios e pouco vinculados ao mercantilismo da indústria, demonstram que é o terceiro tipo de câncer entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de mama e colorretal, no Brasil, configura-se como a quarta causa de morte, com uma estimativa de 15.590 novos casos para o ano de 2014, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer).
O Governo Brasileiro, em uma perspectiva que já deveria ter ocorrido há muito mais tempo, tenta reverter essa famigerada estatística e possibilitar as futuras gerações uma menor taxa da doença, apesar de, assim como toda medida profilática ou mesmo terapêutica, a eficácia da vacina ainda não ser conhecida em toda sua dimensão, ainda é um aparato seguro e possivelmente eficiente.
A pena é que segmentos ortodoxos, retrógrados, radicais e desinformados, em nome de um sentimento puro e imaculado tentam lobotomizar famílias e adolescentes com um discurso conservador, tacanho e pífio de que a vacina aceleraria a iniciação a vida sexual e, portanto, seria um incentivador da promiscuidade!
Mais promiscuo é o câncer, a desinformação e o preconceito! Até quando o simbolismo de retidão e a alienação mascarada por uma fé serão balizadores culturais?
Até quando estaremos mergulhados nesse pensamento medievalesco e alegórico apregoados pela ignorância? Nas cruzadas se matava e esfolava em nome de Deus! O colonialismo já passou! A era das trevas deve portanto ser sepultada, e quanto aos fervorosos, deveriam ser responsabilizados civil e penalmente, em nome da razão, da ciência e da saúde das mulheres!

Para aprofundamento:

http://www.inca.gov.br/rbc/n_57/v01/pdf/10_revisao_de_literatura_vacina_hpv_prevencao_cancer_colo_utero_subsidios.pdf